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Exibindo representatividade e a força das mulheres indígenas, quem chamou a atenção desta noite foi a paraense Thaline Karajá, de 26 anos, que simbolizou de forma brilhante o Norte do Brasil. A indígena, natural da paradisíaca Vila de Alter do Chão, localizada a 37 km de Santarém (PA), interpretou a música “Banzeiro”, composição da paraense Dona Onete (2016) “Rainha do Carimbó Chamegado”, e que fez sucesso no carnaval de 2018 na voz de Daniela Mercury.
A paraense faz parte do “Time Brown” que emocionado ressaltou, que cantar uma música rítmica carnavalesca, é para poucos, observou o cantor, pelo fato da música ter se tornado hit no carnaval da Bahia.
Carlinhos Brown também protagonizou um momento emocionante em que ele, após recitar um trecho de José, de Caetano Veloso, de joelhos pede perdão pelo destino dado aos povos indígenas no Brasil no decorrer da história.
“Meu caminhar até você tem pernas curtas, porque aqui, sim, eu sou um estrangeiro. Eu quero dizer e a cada momento pedir permissão às suas terras, para existir como brasileiro. Você, Karajá, é quem me recebe. Você é o meu receptivo. E a você eu devo desculpas, eu devo perdão por ser extrativista, por extrair acordes desafinados no destino de se preservar. O homem que se autopreserva, se reconhece como natureza. Muito obrigada por você ter vindo, por sua alegria. Não existe banzerice em você. Existe caminhar, existe fé”, enfatizou Carlinhos Brown.
Quem é a artista?
Thaline Karajá é cantora e compositora, atuante na causa indígena, e integrante do coletivo de mulheres indígenas “Suraras do Tapajós”, cuja missão é combater a violência e racismo, luta pelo empoderamento de mulheres indígenas e defesa de seus territórios. Thaline se destaca, cantando carimbó e outros ritmos paraenses.
Confira a apresenta completa, no link abaixo: