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13 de novembro de 2020As fugas e confusões, as histórias das famílias que formou por onde passou, as façanhas e aventuras de Raimundo Quirino dos Santos, o Paladino, morador de Santa Isabel do Rio Negro foram parar em um livro. Com 112 páginas, a biografia escrita pela catarinense Keila Zanatto, será lançada aos amigos e familiares em Santa Isabel na segunda-feira (16). Durante o evento de lançamento, Paladino e a autora falarão sobre como foi produzir o livro e relembrarão capítulos da vida de Paladino.
Nascido e criado no Ceará, Paladino só andava armado e não levava desaforos para casa. Arrumou muita confusão pelo Nordeste. Por onde passava também formava famílias, mas logo pegava a estrada, fugido das encrencas e lá se ia para mais uma aventura de trabalho, mulheres, confusões e histórias para contar. Foi assim que veio parar no Amazonas na década de 80 e aprontou muito nas cidades do Rio Negro.
Agora, com quase oitenta anos, vive tranquilamente em Santa Isabel, onde já construiu sua cova à espera da única certeza que temos na vida: a morte. Mas, não podia morrer sem não registrar tudo o que viveu.
Uma vida e apelido de personagem de filme As vida de Raimundo Quirino parece coisa de filme, tanto que até ganhou o apelido de um personagem de filme. Paladino era o nome de um personagem de uma série de TV americana que chegou ao Brasil com o título de “Paladino do Oeste”. Foi em um jogo de sinuca lá em São Gabriel da Cachoeira que um amigo disse pela primeira vez: “Joga Paladino” e daquele momento em diante ninguem mais o chama de Raimundo. O personagem, assim como Paladino, era
um justiceiro que acertava as contas antes de ir para casa, mas que também ajudava os menos favorecidos.
Paladino sempre ajuda as pessoas conforme pode. Em Santa Isabel, até hoje faz ações e distribui comida para a população. Além disso, procurou ajudar a cidade quando o povo o escolheu como vereador – mesmo sendo analfabeto, Paladino tirou de letra seu mandato e ajudou a saciar a fome de muita gente – e assim vai fazendo jus ao apelido, feito personagem de filme de faroeste.
“É engraçado como mesmo sem conhecer o personagem, Paladino se parecia com ele. Até as roupas que usava. Ele não tirava um chapéu preto da cabeça e só andava de roupas escuras” – conta a autora do livro, Keila Zanatto.