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1 de fevereiro de 2021“Protocolo da morte” (“Death Protocol”), a expressão usada pelo presidente do Grupo Samel, Luís Alberto Nicolau, para denominar o tratamento orientado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), durante a primeira onda da pandemia de Covid-19, tornou-se título de documentário que pode concorrer ao Oscar deste ano.
O filme do cineasta André Di Mauro tem como foco o alto nível de mortandade provocado pela intubação precoce dos pacientes com Covid-19, destacando a coragem e a clareza dos profissionais da Samel, que além de apontarem o grave erro na forma de encarar a nova doença, criaram a Cápsula Vanessa, que permite o tratamento alternativo por ventilação não invasiva (VNI).
Já no princípio da pandemia de Covid-19, em março de 2020, os profissionais do Grupo Samel perceberam a ineficiência da intubação orotraqueal precoce, procedimento então orientado pela OMS, e não descansaram até encontrar uma solução alternativa.
“Fomos duramente criticados no início, mas para nós não havia dúvidas de que o protocolo inicial estava errado, a intubação precoce estava levando a óbito vários pacientes. Era preciso criar uma alternativa e foi assim que chegamos à Capsula Vanessa”, lembra o presidente da Samel, Luís Alberto Nicolau.
Ele explica que a OMS já reconheceu o erro, mas no começo, orientava que o paciente devia ser intubado, tão logo fosse diagnosticado com Covid-19.
“Não foi fácil dizer que o mundo inteiro estava errado, mas foi necessário. Nossa coragem nos levou a levou a criar a Cápsula Vanessa e, a partir daí, começamos a virar o jogo, salvando milhares de vidas”, afirmou Nicolau, que não esconde a satisfação em ver parte dessa história registrada no documentário do cineasta carioca André Di Mauro.
“O André nos procurou ainda durante a primeira onda da pandemia, quando percebeu que, apesar de irmos contra o senso comum, nós estávamos no caminho certo. Tanto que o filme mostra que outros profissionais de saúde, fora do Brasil, também chegaram à mesma conclusão sobre a intubação precoce”, afirmou o presidente da Samel, ressaltando que o filme é de grande qualidade técnica e altíssimo valor profissional.
Para Di Mauro o filme é um grito de alerta.
“É um painel dinâmico e humano sobre este triste capítulo da história da raça humana. Tem como missão não somente documentar os fatos, mas chamar a atenção para a necessária mudança de protocolo, substituindo o ‘protocolo da morte’ pelo ‘protocolo da vida'”, diz André Di Mauro.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood qualificou “Death Protocol” para disputar o Oscar em três categorias:
· Documentary Feature (Melhor Documentário de Longa-Metragem);
· Original Score (Melhor Trilha Sonora);
· Original Song (Melhor Música Original).
Diretor, roteirista, ator e produtor, André Di Mauro tem mais de 40 anos trabalhando em cinema, teatro e TV. Participou de mais de 50 obras audiovisuais entre filmes, novelas e séries. É fundador do primeiro curso superior de Cinema do Rio de Janeiro, na Unesa.