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25 de fevereiro de 2021Uma equipe técnica composta por membros de diversos órgãos do Governo do Amazonas, sob a coordenação da Defesa Civil do Estado, visitará o município de Boca do Acre (a 1.028 quilômetros de Manaus), nesta quinta-feira (25/02), para avaliar os impactos da enchente na localidade. O diagnóstico, que incluirá os danos econômicos e sociais, ajudará a traçar a estratégia emergencial de socorro às vítimas, em cooperação com a Prefeitura Municipal, que decretou, há alguns dias, situação de emergência na cidade.
Farão parte da comitiva representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) para o interior, da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), e técnicos de áreas consideradas essenciais. O trabalho a ser feito pela equipe incluirá, ainda, os problemas derivados da cheia em áreas como saúde e educação, entre outras. Um levantamento sobre a quantidade de famílias desabrigadas e as principais prioridades, como a necessidade de suporte com alimentação e água potável, será realizado neste primeiro momento. O objetivo é minimizar os efeitos da cheia à população.
Ações de cunho sanitário também devem entrar na pauta, tendo em vista o aumento do risco de doenças transmitidas pelo contato direto com a água contaminada, em possíveis ambientes insalubres. Além disso, a combinação do calor – preponderante em cidades de clima tropical – e água parada em excesso, privilegia o aparecimento de novos casos de dengue, uma preocupação a mais quando o assunto é o controle epidemiológico.
O aumento do volume de chuvas, com o período sazonal, tem sido acompanhado diariamente pela Defesa Civil do Amazonas, através de monitoramento das nove calhas de rios que compõem o Estado (Alto Solimões, Triângulo – Juruá, Jutaí e Solimões -, Purus, Alto Juruá, Madeira, Alto Rio Negro, Rio Negro e Solimões, Médio Amazonas e Baixo Amazonas).
O trabalho é feito através do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), que atua com a coleta de informações junto aos órgãos oficiais, a exemplo da Agência Nacional de Águas (ANA), do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).
O acompanhamento permite que um cronograma de atendimento seja construído pelas autoridades, e ações de suporte sejam antecipadas, caso necessário, a exemplo do que ocorrerá em Boca do Acre.
Atualmente, cinco municípios encontram-se em situação de alerta em função do aumento das chuvas (Lábrea, Tapauá, Canutama, Carauari e Juruá) e seis estão em situação de transbordamento (Pauini, Guajará, Envira, Eirunepé, Itamarati e Ipixuna – os três últimos já decretaram situação de emergência por inundação).
FOTOS: Divulgação/Defesa Civil