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26 de abril de 2021Artistas apresentam performance pelo Youtube com recursos de acessibilidade para pessoas cegas
28 de abril de 2021O Dia do Índio é celebrado anualmente em 19 de abril no Brasil. A escolha da data recorda a realização do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, que ocorreu em 19 de abril de 1940 em Patzcuaro, México. Em homenagem a este dia tão importante, a editora Valer promove mais uma ‘Semana do Índio’, com uma programação especial.
A editora Valer irá proporcionar descontos exclusivos em alguns livros com temática indígenas para os leitores.
Entre as obras estão: ÇAÍÇÚ INDÉ – O primeiro grande amor do mundo – autor GUARÁ RONI WASIRY , CANUMÃ – A travessia – autor Ytanajé Coelho Cardoso, Maraguapeyara – autor YAMÃ YAGUARÊ, YAHI PUIRO KI’TI – Origem da Constelação da Garça, autor DIAKARA JAIME, BAYÁ, KUMU E YAÍ – Os Pilares da identidade indígena do Uaupés e Poranduba Amazonense.
A editora Valer tem, no seu catálogo, importantes obras, escritas por indígenas da região Norte. A produção delas tem o compromisso com a literatura e a cultura amazônica: a editora dá voz aos autores indígenas e não indígenas, porque entende que eles representam o que se pensa e o que se constrói na região.
“No conjunto dessa produção, destacam-se livros infantojuvenis, com mitos de origem, por exemplo, Mitologia tariana e Maraguápéyára. Recentemente, em parceria com a pesquisadora Noemia Kazue Ishikawa, publicamos o infantojuvenil Brilhos na floresta, em várias línguas indígenas”, contou a Coordenadora editorial da Valer Neiza Teixeira.
Confira algumas dicas de leitura:
Segundo o autor Ytanajé Coelho Cardoso do livro CANUMÃ – A travessia, o livro tenta trazer para o debate a realidade dos povos indígenas.
“Uma das realidades em que nós vivemos hoje é a morte dos nossos anciões, quando os anciões morrem eles levam com eles a língua, a memória e todo um estímulo que vem da própria história para que nós professores, estudantes e todos aqueles que tem interesses em desenvolver a cultura Urucu tenha como referência, e essas referências estão se acabando, então pretendi escrever no livro essa realidade, tanto que uma das personagens principais ou talvez o principal seja o seu Parauá, um sábio Mundurucu que representa muita coisa. No ponto de vista literário uma metáfora daquilo que estamos vivenciando hoje”.
Como narrador relato o momento do mês de abril em que se comemora esse evento histórico para os povos, um momento de confraternização, de lembrar do passado e constelar também esses eventos importantes para história do povo indígena. Ressaltou Ytanajé Coelho.
Ytanajé Coelho Cardoso é do povo Mundurucu graduado em Letras pela UEA, Mestre em Letras e Artes pela UEA e Doutorando do Programa de pós-graduação em Educação.
CANUMÃ – A TRAVESSIA
O livro Canumã: a travessia, o primeiro romance escrito por um indígena Munduruku, livro de estreia de Ytanajé Coelho Cardoso, apresenta uma linguagem envolvente, com uma narrativa bem estruturada, que tem como núcleo o momento delicado em que vive o seu povo. A narrativa enfatiza o papel dos anciãos, a ameaça do desaparecimento da Língua Munduruku, com a morte dos velhos, e a vida na comunidade. Ytanajé traz para o leitor, numa linguagem simples, tanto divertida quanto trágica, o conhecimento da cultura, o dia a dia, as relações de amor, de amizade e da infância. Os mundurukus habitam no rio Canumã, na região de Borba-AM.
ÇAÍÇÚ INDÉ – O PRIMEIRO GRANDE AMOR DO MUNDO
Trata-se de uma incursão pela memória. A história é contada por um indígena maraguá, Roni Wasary Guará, que traz para os leitores infanto-juvenis as narrativas que, ainda hoje, na era das tecnologias e das comunicações, norteiam o povo Maraguá, os que ainda vivem nas aldeias e também aqueles que, mesmo vivendo em outra cultura, ainda necessitam dos mitos para orientarem-se. É uma narrativa prenhe de humanidade e rica de lições.
MARAGUAPÉYÁRA
Neste livro os autores trazem a público o primeiro documento escrito sobre a vida do povo Maraguá. Eles permitem-nos conhecer a história, o território, o cotidiano: a caça, o plantio, a pesca, a alimentação, os clãs, a religião, os ritos, os casamentos e as lendas, bem como o esporte e as brincadeiras. Este é uma ótima ferramenta para aprender mais sobre os povos indígenas da Amazônia.
YAHI PUIRO KI’TI – ORIGEM DA CONSTELAÇÃO DA GARÇA
Neste livro encontra-se a explicação dos Dessana para a sua presença no universo, como também uma teoria para a origem do homem e uma bela compreensão da origem de um elemento do espaço sideral, a Constelação Virgem ou a Constelação da Garça. Este livro faz parte da edição Nheengatu, que tem como objetivo trazer para as crianças e adolescentes o conhecimento dos povos indígenas da Amazônia.
BAYÁ, KUMU E YAÍ – OS PILARES DA IDENTIDADE INDÍGENA DO UAUPÉS
Esta obra se insere nos campos da Filosofia, Antropologia, Mitologia, História, História das Religiões, Educação e Educação Indígena. Ele apresenta, por meio da narrativa dos antigos, a história dos Tuyuka, os pilares que sustentam a cultura e a vida dos índios que habitam o Rio Negro. O autor, Põrõ Israel Fontes Dutra, é filho de Yuhkuro Avelino Dutra, um dos últimos líderes espirituais do Rio Negro. O título evoca os guardiães espirituais dos índios Tuyuka – Bayá, Kumu e Yaí.
PORANDUBA AMAZONENSE
Esta é a primeira edição completa da obra Poranduba amazonense, com grafia atualizada e de acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, portanto inclui todas as narrativas e os textos introdutórios de Barbosa Rodrigues, omitidos nas outras poucas publicações anteriores. Nesta edição consta, também, o Vocabulário indígena comparado, publicado em 1892.
ÍNDIOS DO TOCANTINS
O livro é um testemunho rico e vívido da realidade de parte significativa das etnias que habitam o território nacional. Seu recorte geográfico compreende os índios que habitam parte do Centro-Oeste do país. Amparado em estudos e em pesquisa de campo, o autor traça um painel da condição social vivida por esses grupos.
SATERERIA – TRADIÇÃO E POLÍTICA SATERÉ-MAWÉ
Trabalho de campo, o livro resultou das experiências do autor junto aos índios Saterés. O foco de sua pesquisa é a história de luta desse povo contra as tentativas de dominação dos brancos. A obra é um resgate do processo político construído por essa etnia, expressa na capacidade de articulação de suas principais lideranças.