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31 de agosto de 2021Estreia no SescTV a 2ª temporada da série documental Palhaças do Mundo, que aborda o universo das mulheres palhaças de diferentes países, no dia 1/9, quarta, às 18h. A temporada inicia com a exibição dos curtas-metragens Fran Marinho (SP) e Drica Santos (SC), no dia 8/9, e Nola Rae (UK) e Enne Marx e Nara Menezes – As Levianas (PE), no dia 15/9.
Composta por 12 episódios, 10 que vão ao ar em setembro e 2 em outubro, a série conta histórias de palhaças, seus personagens, inspirações, comicidade e individualidades. Com direção de Manuela Castelo Branco. Todos os episódios estarão disponíveis sob demanda em sesctv.org.br/palhacas, a partir de 28/8.
Em sua 2ª temporada, Palhaças do Mundo mapeia poeticamente o universo de mulheres palhaças espalhadas pelo globo. Questões como: O que tem atrás do seu nariz vermelho? Para onde sua mala já te levou? De onde sua palhaça veio? Levam as artistas a recompor histórias pessoais e coletivas, em suas dimensões estéticas e artísticas, como o hibridismo dessa profissão no mundo hoje.
Durante os episódios são reveladas as histórias da entrada de mulheres nos picadeiros pela ótica da comicidade, como mote geral da série. Mas o que encantam são as individualidades de cada artista demostradas em depoimentos pessoais, mesclados a trechos de performances das palhaças escolhidas, buscando trazer cada poética circense para o primeiro plano dando visibilização a esses universos tão complexos.
Os curtas têm direção de Manuela Castelo Branco, que também é palhaça, e foram gravados durante o Festival Palhaças do Mundo (antigo Encontro de Palhaças de Brasília), no Distrito Federal, realizado desde 2008, com o intuito de difundir a arte da palhaçaria sob o olhar feminino, e do qual a diretora é idealizadora.
As produções começam a ser exibidas no dia 1/9, às 18h, com os curtas Fran Marinho (SP) e Drica Santos (SC).
Fran Marinho (SP) – 1/9. O episódio apresenta Fran Marino, a palhaça Francisquinha, do ABC paulista, pesquisadora de arte de rua, acrobata e pedagoga. Fran é fundadora da companhia Circo do Asfalto, criada em 2008 ao lado de Douglas Marinho, que tem como foco a pesquisa nas artes circenses de rua e na cultura popular brasileira. A companhia está sediada no Espaço Cultural Circo do Asfalto, em Santo André (SP), dedicado às artes circenses e mantido por meio de contribuições voluntárias do público.
Durante o curta – metragem, a artista narra sua trajetória de desenvolvimento na palhaçaria, centrada nas vivências da arte de rua. Criadora do projeto “Caixa de Pandora”, que reúne palhaças para a criação de apresentações que trazem à tona questões do universo feminino, Fran Marinho reflete sobre a singularidade da experiência das mulheres palhaças.
Drica Santos (SC) – 1/9. O episódio apresenta a atriz Drica Santos, a palhaça Curalina, de Florianópolis, Santa Catarina. A artista desenvolve um trabalho de contação de histórias por meio da linguagem da palhaçaria, atravessado por referências à memória ancestral e reflexões sobre a negritude e o feminino.
Drica reflete sobre sua presença enquanto mulher palhaça negra, que busca contribuir para a desconstrução de padrões racistas estabelecidos pela história colonial, valendo-se da palhaçaria. A artista também discute a relevância da luta travada historicamente para estabelecer o espaço da mulher na cena circense e as especificidades do corpo feminino como criador em cena, com suas singularidades historicamente constituídas.
Nola Rae (UK) – 8/9. O episódio apresenta Nola Rae, palhaça natural de Sidney (Austrália), que vive na Inglaterra (Reino Unido). Ela constrói com um estilo próprio que transita entre os repertórios da mímica, da dança, da comédia e do teatro de marionetes, sem recorrer ao uso da voz. Nola estudou Ballet na Royal School em Londres para, mais tarde, tornar-se atriz e aperfeiçoar as técnicas mímicas estudando em Paris com Marcel Marceau.
Atuando como diretora, atriz e ministrando cursos, Nola já se apresentou em mais de 68 países. A artista reflete sobre sua trajetória, o caráter universal do palhaço e do seu trabalho em particular, por não recorrer ao uso de palavras. Nola também expõe sua visão sobre o papel do palhaço, aspectos próprios da performance feminina na palhaçaria e as transformações na cena observadas na história recente.
Enne Marx e Nara Menezes – As Levianas (PE). 8/9. Neste episódio as palhaças Mary Em, Baju, Aurhélia e Tan Tan que compõem o grupo As Levianas. A atriz Juliana de Almeida fala que a palhaça Maju é sua expressão, a forma de viver, ser feliz, a realização, a alegria e a vontade, também com sofrimento, porque há de tudo nela. A atriz Tâmara Floriano, ou palhaça Tan Tan, defende que as palhaças têm e são a liberdade, e são o que querem ser. Podem ser médicas uma hora, outra hora é heroína, é criança, um neném, um cachorro. Ela se situa entre os lugares do mundo. Está na natureza, no folclore, no dia a dia.
Para Enne e sua palhaça Mary Em, o que a surpreende em ser palhaça é que sua palhaça não representa um papel. Palhaça é. Ela vive o presente, vive o aqui e o agora. Palhaço lida com o que acontece na hora, no presente e joga com o imprevisto.
Além desses filmes, a 2ª Temporada da série Palhaças do Mundo – ainda exibirá sempre a partir das 18h, em setembro: Maíra Oliveira (DF) e Tris (Áustria) -15/9; Adelvane Néia (SP) e Jeanick Dupont (França) – dia 22/9; Yanomi Shoshina e Odilia Nunes (PE), dia 29/9. Em outubro – Odilia Nunes (PE); Aline Marques (RS) e Joice Aglae (BA).
Sobre a diretora:
Manuela Castela Branco é formada em Artes Cênicas e mestranda em Poéticas Contemporâneas para a Cena pela Universidade Federal de Brasília com projeto sobre Palhaçaria e Ópera. É criadora da CiRcA Brasilina, o primeiro picadeiro feminino do Brasil, e recebeu o I Prêmio Igualdade de Gênero e Cultura do Distrito Federal, em 2017, pelo trabalho em palhaçaria feminina e pela promoção do protagonismo da mulher na arte. Atua há mais de 20 anos como a palhaça Matusquella.
Sobre o SescTV:
SescTV é um canal de difusão cultural do Sesc em São Paulo, distribuído gratuitamente, que tem como missão ampliar a ação do Sesc para todo o Brasil. Sua programação é constituída por espetáculos, documentários, filmes e entrevistas. As atrações apresentam shows gravados ao vivo com variadas expressões da música e da dança contemporânea. Documentários sobre artes visuais, teatro e sociedade abordam nomes, fatos e ideias da cultura brasileira em conexão com temas universais. Ciclos temáticos de filmes e programas de entrevistas sobre literatura, cinema e outras linguagens artísticas também estão presentes na programação.
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