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16 de setembro de 2021O bem estar e a qualidade de vida do trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo do estado do Pará sempre foi o principal objetivo do Serviço Social do Comércio (Sesc) no Pará. Uma instituição preocupada em proporcionar Cultura, Lazer, Educação, Assistência e Saúde ao trabalhador do comércio e a sociedade em geral. E, durante os seus 75 anos de atuação no estado, se renova e atende as necessidades desse público.
No mês em que comemora 75 anos nacionalmente e pensando no bem estar e qualidade de vida para os trabalhadores do comércio, sua família e toda a comunidade paraense, o Sesc abre as portas para a ampliação do Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso.
O prédio anexo, assim como o prédio original, é tombado pela lei orgânica do Município de 1990, regulamentado pela lei 7.709, de 18/05/1994, e foi totalmente restaurado para oferecer mais serviços e atividades de cultura e lazer para o público. A inauguração do novo prédio será no dia 20/09, às 19h, somente para convidados e imprensa.
Localizado no coração do comércio e no caminho do cartão postal da capital paraense, com a ampliação do prédio do Sesc Ver-o-peso serão ofertados diversos serviços ao público como atividades de Artes Visuais, com exposição permanente de máquinas fotográficas, réplicas de máquinas do século XIX, lambe lambe, além de exposições de obras de diversos de artistas; Artes Cênicas, com cursos deBallet infantil, Juvenil e Adulto, Dança de Salão, Jazz, Ballet Contemporâneo, Dança do Ventre, além de apresentação de peças de teatro, circo e outros diversos trabalhos de artes cênicas; Literatura, com contação de história e atividades lúdicas; Atividades esportivas como estúdio de pilates, pilates Solo, aulas de ginástica, ritmos, jump, circuito funcional e muito mais; Música, com a Mostra Sesc de Calouros para Amadores, além dos shows musicais presenciais e o Restaurante, com fornecimento de refeição no almoço e previsão de serviço de lanchonete para 2022.
As ações dessa unidade do Sesc que tem vista de suas janelas para a Baia da Guajará, são voltadas ao fomento, divulgação e valorização do patrimônio de bens culturais e artísticos, dialogando diretamente com a diversidade sociocultural paraense, representando significativamente o compromisso da instituição com o desenvolvimento e transformação individual e coletiva por intermédio da arte, cultura e turismo.
O Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso, fica localizado na Boulevard Castilhos França 522/523 em frente a Estação das Docas, no caminho de quem vai ao Mercado do Ver-o-Peso.
A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 06h às 20h, e aos sábado das 08h às 12h.
Histórico do Sesc Ver-o-Peso
Os imóveis construídos, em sua maioria, entre os séculos XVII E XIX ficam localizados nos núcleos históricos das cidades brasileiras e que passaram por um intenso processo de desgaste nas últimas décadas, grande parte dessas construções comprometem a qualidade de vida das pessoas que nelas habitam.
O imóvel que abriga o Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso, faz parte da área entorno de bens tombados pelo IPHAN e SECULT / DPHAC. O Imóvel sofreu um incêndio restando hoje praticamente as fachadas da Boulevard Castilhos França e Rua Gaspar Viana.
O Sesc ao comprar esse imóvel histórico além de fazer um investimento cultural com projeto de restauração aprovado pelo Iphan, visa preservar a história da cidade evitando assim, que o patrimônio seja perdido, bem como, a valorização turística e econômica dos bairros, formados nos primeiros anos de fundação de Belém
O Centro tem como eixo principal o campo da cultura e turismo, enquanto espaço de estímulo à produção artístico-cultural, utilizando-se da música, artes visuais, teatro, artes cênicas e turismo social para o alcance de seus objetivos, aprimorando-se por um trabalho permanente de equipe, otimizando recursos e oferecendo serviços de qualidade.
UMA BREVE HISTÓRIA DE BELÉM
As origens da cidade de Belém datam de 12 de janeiro de 1616, quando aportou às margens da Baia do Guajará, Francisco Caldeira de Castelo Branco, com a construção do forte do presépio, posteriormente chamado Forte do Castelo, marcando assim o núcleo embrionário que também pontua a ocupação da região amazônica em favor do reino luso-espanhol.
Belém conheceu um aumento demográfico e passou a se configurar como o principal polo irradiador das ações administrativas, financeiras e comerciais da região. Em 1751, foi reconhecida como cidade e depois é levada a categoria de capital do estado.
Mesmo tornando-se a capital do estado, as alterações de um modo geral na cidade não foram tão significativas durante a segunda metade do século XIX, em decorrência principalmente da estagnação econômica provocada pela queda da produção agrícola, agravada pela participação na Guerra das Guianas, em 1808.
A partir de 1870, houve uma intensificação do comércio da borracha, sendo atraídos para a região, imigrantes sírios, libaneses, italianos, portugueses e judeus-marroquinos, cujos comércios foram estabelecidos nas ruas 15 de Novembro e Conselheiro João Alfredo. As ruas próximas do porto eram diferenciadas quanto à sua organização comercial: na Boulevard Castilhos França, havia o predomínio das casas exportadoras de estiva de borracha; na 15 de Novembro e Gaspar Viana, firmas importadoras, companhias de seguros e casas bancárias; e na João Alfredo e Santo Antônio, o tradicional comércio a varejo, com lojas, livrarias e grandes magazines.
Nesse período, também foram implementadas obras que complementam o aterramento e urbanização da área portuária (Boulevard Castilhos França), a construção do novo porto pelos ingleses (1908-1913), modificando radicalmente o aspecto da orla até o igarapé das Almas (Doca de Souza Franco), o calçamento e pavimentação de ruas, a instalação de transportes com bondes elétricos (1907), o abastecimento de água feito a partir de reservatórios implantados no Utinga, implantação do sistema de iluminação elétrica que substituiu a iluminação a gás.
Na administração do intendente Antônio José de Lemos, foi criado o Código de Posturas do município, em 1898, que tinha a intenção de “disciplinar as construções e a ação dos indivíduos no uso do espaço público”. Através das exigências do Código, ocorreram consideráveis mudanças no gabarito das edificações localizadas no bairro comercial, cujas características estéticas refletiram o gosto pelo ecletismo historicista, nas construções de sobrados e palacetes, com o predomínio de elementos decorativos e artísticos, que também ocorreram nas escolhas de mobiliários, lustres, luminárias, porcelanas e nas estruturas construtivas que utilizavam ferro, em geral, de procedência inglesa. Esse código também instruía a eliminação dos beirais das fachadas coloniais pela criação de platibandas, evitando que o passeio público recebesse as águas pluviais, além de se configurar como um dispositivo “embelezador” da cidade, passando a vigorar o gosto da época e refletir as preocupações higienistas da cidade moderna.