Afoita Teatro comemora 5 anos e estreia temporada online do espetáculo “morada”
14 de outubro de 2021Artistas do Atelier Marionetes Viajantes promovem aula aberta gratuita de manipulação de bonecos
14 de outubro de 2021Ao completar 30 anos de atividades com artes plásticas, Jandr Reis inaugura a exposição “Jaraquiart” na galeria Manuel Santiago, no Palacete Provincial (Praça Heliodoro Balbi, Centro), no próximo dia 19 de outubro. A nova mostra do artista fica aberta ao público até dezembro, com acesso gratuito mediante agendamento pelo Portal da Cultura (cultura.am.gov.br) e apresentação da carteira de vacinação contra Covid-19.
“Jaraquiart” é uma coleção de obras criada sob influência da paixão do artista pela arte do americano Jean-Michel Basquiat associada em uma homenagem ao seu pai, que era pescador, porém esta produção também é um reflexo de suas séries anteriores, unindo seu orquidário ao urbano além de elementos do cotidiano ribeirinho.
“A série faz referência a paixão do amazonense pelo jaraqui, peixe muito popular na mesa de quem aqui vive. Mas, também faço uma homenagem ao meu pai, que era pescador”, conta o artista.
Segundo Jandr, ele fez a união de elementos da região como peixes amazônicos, canoas, cuias, armadilhas de pesca indígenas e a simbólica cúpula do Teatro Amazonas, que demonstram um sentimento fiel pela Amazônia.
De acordo com ele, as obras têm tamanhos grandes e suas características são aliadas a uma consequência, quase inevitável e inegável, no processo de formação e manutenção da própria Amazônia.
Exposição – Para a “Jaraquiart”, como de costume, Jandr Reis vai inovar. Pela primeira vez, ele expõe suas obras sem o chassi, ou seja, sem a moldura interna. As telas, vão ser aplicadas diretamente nas paredes e variam de tamanhos, chegando até cinco metros.
“Essa exposição foi pensada durante a pandemia, e pensei, na economia que poderíamos fazer e tornar as obras mais acessíveis e mais atraentes”, fala o artista.
Outro ponto alto da vernissage, será a finalização da obra “Piracema de Jaraca”, que acontecerá na própria galeria, onde o público e os convidados poderão observar a finalização da obra.
“Não é muito comum eu pintar sob olhares das pessoas e também não me deixo ser gravado ou fotografado durante a execução das obras. Mas, vou apresentar uma performance para o público que for prestigiar a abertura do evento”, pontua o artista.
A exposição “Jaraquiart” é uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, e tem texto curatorial de Óscar Ramos, um dos últimos escritos pelo artista plástico, falecido em 2019.
O artista – Jandr Reis é natural da cidade de Óbidos, no Pará e está radicado em Manaus desde 1980. Formado em Comunicação Digital Design e Multimídia pela Universidade Paulista (Unip) e Pós-graduado em Museologia na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), iniciou muito cedo pelo caminho das artes plásticas, quando ainda desenhava na infância as paisagens do interior da Amazônia.
Com o tempo, buscou aprimoramento nas pinturas e iniciou seus primeiros experimentos com objetos para realizar as suas instalações, onde utilizou modelo vivo, cinema e mídias contemporâneas. Essas experiências se deram através de cursos realizados no Rio de Janeiro, como no Museu de Arte Moderna, Escola de Artes Visuais – Parque Lage, Fundação Nacional de Artes (Funarte) e atualização em Introdução à Museologia e Museografia, concepção, montagem e ação educativa em exposições, sua grande maioria na cidade do Rio de Janeiro.
Atualmente, é um dos responsáveis pelas curadorias e exposições de Galerias e Centros Culturais administrados pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas. Participou de exposições coletivas e individuais nacionais e internacionais. Artista mapeado Região Norte 99/2000 e 2001/2002, do Projeto Rumos Visuais Itaú Cultural.
Em 2021, criou a videoinstalação “Mãos que Matam”. Durante as cheias, Jandr criou um grito de alerta sobre a poluição dos rios com luvas de uso doméstico e materiais retirados do próprio rio, como isopor.
FOTOS: Pedro Marinho/Cultura e Economia Criativa