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25 de janeiro de 2023Pesquisadores do Amazonas analisam a produção de probióticos que beneficiem a saúde e produção de pescado no estado, contribuindo para uma maior resistência contra doenças, aumento no peso e melhoria na qualidade da água de criação de espécies como tambaqui, matrinxã e pirarucu. O estudo, em andamento, conta com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas/Fapeam (@fapeam), e está sendo desenvolvido na Universidade Nilton Lins.
Os probióticos são conhecidos, popularmente, como microrganismos vivos, que podem ser bactérias ou leveduras, uma vez administrados de maneira correta trazem diversos benefícios para a piscicultura. Na pesquisa, os microrganismos estão sendo isolados da mesma espécie de peixe para a qual ele será aplicado.
Segundo a coordenadora do estudo, a pesquisadora Suzana Kotzent, isso irá fornecer maior garantia de que seus benefícios sejam alcançados, pois estes possuem uma maior familiaridade com o meio onde devem se fixar, como temperatura, pH e salinidade do trato gastrointestinal. Para cada espécie de peixe, microrganismos específicos estão sendo isolados e testados pelo grupo de pesquisa.
A pesquisadora explica que a maioria dos probióticos comercializados no mercado foram isolados de outras espécies de animais, como suínos e aves, o que não garante a sua colonização adequada nos peixes, nem seus efeitos benéficos, e que o uso de produtos ineficazes, culmina em aumento de custo e perdas econômicas ao produtor.
O projeto irá contribuir para o desenvolvimento de produtos que auxiliam na criação de peixes nativos de forma estratégica, maximizando os ganhos produtivos, reduzindo as perdas econômicas e contribuindo para a sustentabilidade da aquicultura no Amazonas, além de entregar ao consumidor um produto mais seguro.
O projeto iniciado em maio de 2022 tem previsão de conclusão no ano de 2025. Até o momento, foram feitos dezenas de produtos com potencial probiótico (isolados e em associação) para testes em tambaqui e matrinxã, sendo que os estudos com tambaqui estão mais avançados, onde foram encontrados alguns grupos de probióticos relevantes que aumentaram a resistência dos peixes contra infecções.
Os experimentos com o matrinxã estão em andamento e, nos próximos meses os pesquisadores irão iniciar as pesquisas com o pirarucu.
Grupo de Pesquisa
No Amazonas, além de Suzana, o projeto também conta com a coordenação do pesquisador Gustavo Valladão, também da Universidade Nilton Lins, e colaboração dos cientistas Fabiana Pilarski do Centro de Aquicultura da UNESP (Jaboticabal/SP) e Guilherme Campos Tavares da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
PDCTR-AM
O estudo intitulado “Novos insumos para a produção de peixes amazônicos: desenvolvimento de probióticos autóctones para tambaqui, matrinxã e pirarucu” está sendo desenvolvido no âmbito do Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional no Estado do Amazonas (PDCTR-AM), edital Nº 013/2021, realizado pela Fapeam, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Fotos: Érico Xavier/FAPEAM
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