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19 de abril de 2023Na semana em que completa 65 anos de idade, o consagrado artista plástico amazonense Arnaldo Garcez dá mais uma vez em Manaus, sua cidade natal, o pontapé inicial de uma exposição destinada a conquistar o mundo. A mostra “Amazônia Plural”, que estreia nesta quinta-feira, dia 20, apresenta cerca de 50 obras de sua visão contemporânea e expressionista de uma Amazônia urbana, fruto da vivência do artista com mais de quatro décadas de trabalho.
A exposição, que inaugura nesta quinta, às 16h, na Caixa e Assistência dos Advogados do Amazonas (Caaam), Avenida Jornalista Umberto Calderaro Filho, nº 2000, Adrianópolis, marca novo reencontro artista, radicada há décadas no Rio de Janeiro, com a capital amazonense, e será celebrada bem ao estilo do seu criador: com música, poesia, pintura – estão confirmadas as participações dos músicos Ítalo Jimenez, Simone Ávila e Victor França, da artista visual Gisele Alfaia e do poeta Elpídio Nunes.
“Vamos apresentar uma Amazônia com um outro olhar, é exatamente essa pluralidade que eu almejo”, diz o artista, que carrega as tintas de um “expressionismo amazônico contemporâneo”, longe dos clichês da arte amazônica tradicional. “Não tenho nada contra, mas sou um homem urbano, sempre fui. Quando olho pra Amazônia, vejo que a gente também tem uma vida urbana, como em qualquer outra cidade do mundo, com seus problemas políticos, sociais, de ordem generalizada”, afirma.
Um dos pontos altos da mostra ficará por conta do próprio Garcez, que irá pintar uma tela ao vivo, durante a mostra, desmitificando, como ele mesmo diz, o “estado velado de criação”, do mito do “artista em silêncio”. “O desafio é o instante”, diz ele, que já realizou esse tipo de apresentação em cidades como o Rio de Janeiro e Perúgia, na Itália. A pequena e charmosa comunidade italiana, capital da região da Úmbria, aliás, também receberá a exposição do artista, após passagem marcada também para expor no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Sobre o artista
Radicado no Rio de Janeiro desde o final da década de 70, Arnaldo Garcez sempre levou a Amazônia como uma referência em sua obra, que traduz a pluralidade de tons e luminosidade da região em suas telas com cenas e personagens do cotidiano da vida urbana, cultural e boêmia de Manaus, a cidade-inspiração do artista, que é também músico e poeta – recentemente, publicou o livro de poemas “Sombra das Palavras”.
Há décadas, Garcez vem realizando exposições em cidades dentro e fora do país, como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Nova York, nos Estados Unidos, Toulouse, na França, e Nápoles e Perugia, na Itália. Seus quadros já fizeram parte do cenário de diversas novelas da Rede Globo, se consolidando como uma das maiores referências das artes plásticas contemporânea do Amazonas.
Frase
“A pintura não é só pra ser olhada, é também pra ser lida. Tem um texto, um discurso ali… A pintura fala no silencio. É o expectador quem completa o texto. É preciso educar o olhar para poder ver”
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