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28 de maio de 2023As obras de arte à disposição da cidade e que inspiram olhares mais aguçados e sensíveis sobre as questões sociais sempre encontraram na noite e no cenário urbano, além do caráter de protesto, coletividade e expressão social, além de uma identidade muito definida. Surpreendentemente, é o que mostra “Nightwatch”, exposição que homenageia artistas que são referências para as atuais e futuras gerações da arte feita na Amazônia. A curadoria é do artista plástico, grafiteiro, escultor e desenhista amazonense Turenko Beça.
Nessa identidade transitam artistas plásticos do Norte, eternizados por meio de trabalhos e ocupações urbanas. Em alusão ao dia do artista plástico, alguns grandes nomes recebem, no Centro Cultural Palácio Rio Negro, uma homenagem na forma da exposição “Nightwatch”, de Victor Zagury.
“A calada da noite é o manto da proteção de quem faz arte na cidade. Ninguém picha, cola lambe ou faz stencil com todos olhando… é aquela ação que ocorre, e quando você dá conta, já tem algo adicionado à paisagem”, declarou o artista.
A exposição “Nightwatch” traz 13 obras, nas quais o artista une o lambe-lambe, colagem, stencil e grafite. São obras qeu surgiram de imagens de perfis de artistas como Anísio Mello, Arnaldo Garcez, Bernadete Andrade e Buy Chaves. Foram destaques, Evanil Maciel, Helen Rossy, Jair Jacqmont, Moacir Andrade, Óscar Ramos, Otoni Mesquita, Roberto Evangelista e Sérgio Cardoso.
Passado e Presente
“A Nightwatch surgiu através das minhas vivências na arte, o olhar urbano da noite, da rua e a homenagem da nova madrugada às gerações anteriores e àqueles do clube da madrugada, utilizando os recursos para estabelecer uma relação direta com os artistas da geração anterior, atuantes em Manaus e no mundo, trazendo um olhar do passado para a arte de rua do presente”, conceituou o Victor Zagury, autor das obras em exposição.
Demarcando o Norte como ponto de partida para as experiências artísticas, fatores como a diversidade, estilos e técnicas desenvolvidas envolvem a comunidade local e promovem a inclusão cultural.
segundo Victor, “os artistas de rua são uma parte valiosa e vibrante na nossa cidade de Manaus, movimentam a galeria ao ar livre da nossa cidade”, declarou.
A calma e o silêncio da noite possibilitam uma concentração que, segundo o artista, não é encontrada durante o dia por conta de suas distrações e ocupações.
“Além disso, a iluminação noturna pode criar um efeito dramático nas obras de arte, aumentando seu impacto visual pela manhã”, explica Zagury.
Quanto aos aspectos técnicos das 13 obras expostas utilizaram a colagem analógica com retalhos e recortes de papéis. Ademais, folhas secas e pétalas, dialogando com essa sensibilidade imagética combinam-se sprays para moldes de pintura da tela, além do lambe-lambe como forma de colagem dos papéis.
“Serão obras expostas em homenagem aos artistas que fizeram muito barulho no passado e que hoje são referências artísticas no Amazonas, mesclando o estilo de arte de cada um, e dando um novo olhar Agostiniano do presente das coisas passadas, presente das coisas presentes e presente das coisas futuras, sobre o meu olhar artístico e urbano”, finalizou o artista.
A mostra individual do artista visual Victor Zagury, sob curadoria de Turenko Beça, traz uma composição de 13 obras. Surpreendentemente, retrata artistas plásticos de grande representatividade no Norte, e que hoje estimulam novas gerações do cenário contemporâneo.
Zag (@zag.92), como assina suas artes, é um nortista urbano, reconhecido por sua arte de colagens elaboradas. Além disso suas obras propõe um diferente olhar sobre questões sociais, inegavelmente, uma forma de protesto e expressão social.
A exposição acontece no Centro Cultural Palácio Rio Negro, até o dia 24 de julho de 2023. Os horários de visitação: segunda, quarta, quinta, sexta e sábado, das 9h às 17h.
FOTOS: Divulgação/Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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