Rossy Amoedo e Diego Mascarenhas serão aclamados presidente e vice do Boi Caprichoso
21 de agosto de 2023Festival de Cirandas de Manacapuru realiza sua 25ª edição de 1º a 3 de setembro, no Parque do Ingá
21 de agosto de 2023As inscrições para o Prêmio Luiz de Castro Faria foram estendidas até 26 de agosto de 2023. A 11ª Edição do Prêmio, promovida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por meio do Centro Nacional de Arqueologia (CNA), busca reconhecer pesquisas acadêmicas sobre o Patrimônio Arqueológico Brasileiro. A ampliação do prazo está disponível no Diário Oficial da União – DOU, desta quarta-feira (16).
O Prêmio Luiz de Castro Faria visa incentivar a produção acadêmica sobre o Patrimônio Arqueológico brasileiro e reconhecer trabalhos de destaque nessa área. A edição deste ano tem como tema o Sítio Arqueológico do Cais do Valongo, no Rio de Janeiro (RJ). Confira o edital.
Os vencedores de cada categoria receberão um prêmio em dinheiro e terão seus trabalhos publicados em uma coletânea. Os interessados podem se candidatar até o dia 26 de agosto por meio do preenchimento da ficha de inscrição disponível na página do Iphan.
“A temática deste ano está alinhada com as diretrizes do Iphan para 2023, que tem como objetivo o reconhecimento de ações relacionadas com os povos e as comunidades tradicionais de matriz africana e os povos indígenas. O objetivo é reconhecer e fomentar pesquisas nesse campo”, explica o presidente do Iphan, Leandro Grass.
Categorias
Nesta edição, a categoria Artigo Científico premiará duas produções acadêmicas relacionadas à temática indígena e diáspora africana no Brasil. Trabalhos relacionados ao tema também podem concorrer às demais categorias.
As inscrições estão abertas para as seguintes categorias:
Categoria I – Monografia de Graduação, com premiação de R$ 10.000 mil; Categoria II – Dissertação de Mestrado, com premiação de R$ 15.000 mil; Categoria III: Tese de Doutorado, com premiação de R$ 20.000 mil; e Categoria IV – Artigo Científico, com premiação de R$ 7.000 mil cada.
Os critérios de avaliação incluem originalidade, relevância, qualidade técnica e científica, clareza e objetividade na exposição dos resultados, bem como a contribuição para o conhecimento do Patrimônio Arqueológico brasileiro.
Além disso, os trabalhos devem estar em conformidade com as normas técnicas estabelecidas pelo Iphan para a apresentação de trabalhos acadêmicos. Os critérios de avaliação incluem originalidade, relevância, qualidade técnica e científica, clareza e objetividade na exposição dos resultados, além da contribuição para o conhecimento do Patrimônio Arqueológico brasileiro.
Homenagem
Localizado na região portuária do Rio de Janeiro, o Cais do Valongo é um sítio arqueológico que desempenhou um papel fundamental para o conhecimento da diáspora africana como ponto de desembarque de pessoas escravizadas em terras brasileiras durante o século XIX.
O antigo porto se tornou um importante símbolo da resistência contra a escravidão e da preservação da memória afro-brasileira. Além disso, entre os anos de 1811 e 1843, estima-se que aproximadamente 1 milhão de africanos tenham chegado ao Brasil por meio do Valongo. Dessa forma, indicado pelo Iphan, em 2017 o local foi reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco. Enfim, em 2023, o Instituto restabeleceu o Comitê Gestor do sítio, que tem foco na gestão compartilhada e participativa do local.
Sobre Luiz de Castro Faria
Na década de 1960, o museólogo e antropólogo Luiz de Castro Faria (1913-2004), acompanhado de Rodrigo Melo Franco de Andrade, foi um importante articulador das políticas públicas sobre o Patrimônio Arqueológico no Brasil.
Luiz de Castro teve influente atuação na promoção das pesquisas arqueológicas, desenvolvidas sobretudo juntamente com o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição na qual foi pesquisador e diretor. Também foi membro do Conselho Consultivo do Sphan (atual Iphan).
Sua atuação também foi significativa para a preservação dos sambaquis, sítios arqueológicos comumente chamados “concheiros” ou “berbigueiros”, localizados ao longo da costa brasileira. O trabalho resultou no seu engajamento na implementação da Lei 3.924/61, que dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos no Brasil. O pesquisador foi um dos principais autores do anteprojeto da lei.