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30 de julho de 2024O jornalista e escritor Wilson Nogueira é o patrono da VI Feira do Livro Comunitário, que acontecerá, em Parintins (AM), nos dias 1, 2 e 3 de agosto, no Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro. Simultaneamente, ocorrerá o II Simpósio do Acervo de Toadas do Boi-Bumbá de Parintins. A organização dos eventos é das professoras da Universidade do Amazonas (UEA) Gleidys Maia e Maria Celeste Cardoso, com recursos de instituições públicas e privadas.
A programação está composta por palestras, oficinas literárias, exposições artísticas e lançamentos de livros.
Wilson Nogueira, autor da Editora Valer, ministrará uma oficina de criação literária, no dia 2, no simpósio, por meio da qual mostrará os primeiros passos da literatura ficcional, a partir das suas experiências na atividade de escritor.
O autor explica que o ponto de partida da oficina é esclarecer que escrever não é algo que só os gênios alcançam. “Escrever é o resultado da leitura de mundos colocado no papel”, disse.
“Fui honrado com essa homenagem. É sempre importante contribuir com o debate e estímulo à literatura produzida na Amazônia”, disse.
Perfil – Wilson Nogueira, parintinense da Baixa da Xanda, é autor de oito livros, entre eles, “O Andaluz” (terceira edição), “Órfãos das Águas” (sétima edição), “Formosa: a Sementinha Voadora”, “Festas Amazônicas: boi-bumbá, ciranda e sairé”, “Boi-Bumbá: imaginário e espetáculo na Amazônia”.
Em setembro, por ocasião da inauguração da Valer Teatro Livraria (Praça São Sebastião), Nogueira lançará o livro “Do outro lado do sol: um massacre no rio Andirá”. Isto é, narrativa do assassinato de cinco crianças e sua mãe grávida de nove meses.
Sobre esse livro, Nogueira explica que se trata de uma tragédia com expressiva repercussão entre os colonos japoneses amazônicos e brasileiros, no final da década de 1950.
O pano de fundo do texto é uma panorâmica da história das famílias de colonos, suas relações com as populações ribeirinhas e com as autoridades brasileiras durante e no pós-Segunda Guerra Mundial (1940-1945).
O autor explora, nesse sentido, o imaginário de desconfianças que se precipitou sobre esses imigrantes a partir do momento em que o império japonês decidiu apoiar o Bloco Eixo, liderado pela Alemanha, em oposição aos países liderados pelos Estados Unidos.
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