“All Black” promete uma viagem musical pelos mais diversos gêneros da música eletrônica
24 de setembro de 2024Ponta Negra Fashion Summer promete muitas novidades em sua terceira edição
25 de setembro de 2024A exposição “60 anos da Moda Brasileira”, que integra o projeto “Núcleo de Moda e Design”, com realização do Instituto São Paulo de Arte e Cultura e Secretaria da Cultura, Economia Criativa e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, propõe trazer uma mostra abrangente que destaque e celebre a evolução da moda brasileira nos últimos 60 anos.
A iniciativa apresenta a diversidade e a riqueza criativa presente no cenário da moda nacional, através da seleção criteriosa de vestuários confeccionados por artesãos convidados. Além disso, os 29 artistas foram escolhidos com base em suas trajetórias profissionais e pessoais, o que garante personalidade através de abordagens inclusivas e representativas para cada peça exposta. Ainda assim, a cuidadosa curadoria realizada pelas estilistas e professoras Walquiria Caversan e Nina Florsz teve um papel fundamental na seleção dos artesãos e na organização da exposição.
A mostra se justifica como uma importante ação cultural e social, pois valoriza e potencializa a cadeia produtiva da moda, reconhecendo-a como uma forma de expressão artística e criativa. O vestuário é mais do que simplesmente roupa, é uma manifestação cultural que reflete identidades, valores e épocas. Ao apresentar uma retrospectiva da moda brasileira, a exposição proporciona uma oportunidade para o público conhecer e apreciar a história e a diversidade dessa forma de expressão.
“’60 Anos de Moda Brasileira’ é um convite ao público para refletir sobre as transformações sociais, políticas e culturais de cada época, começando por um período que revolucionou a cultura no Brasil, a década de 1960. Como curadora, sinto-me honrada pelo presente e pela oportunidade de trazer a moda para o espaço do museu, especialmente no Museu A CASA do Objeto Brasileiro, que valoriza a brasilidade e o saber artesanal. Esta mostra oportuniza jovens estilistas, muitos com formações oriundas de projetos sociais, a apresentarem suas visões e perspectivas únicas em lugar onde a moda é valorizada como expressão cultural. Cada criador, através da reinterpretação dos estilos de cada década mostrará o resultado de seus processos criativos, em peças únicas especialmente desenhadas para ocupar esse espaço.” comenta Walquiria Caversan, curadora da exposição.
A exposição também serve como um espaço para a experimentação e a inovação, permitindo que os participantes explorem novas criações baseadas em modelos originais ou que apresentem novas interpretações e abordagens no Brasil. Isso contribui para o fortalecimento da moda como expressão artística e para o enriquecimento do cenário criativo brasileiro. Artistas como Ronaldo Fraga, Zuzu Angel, Walério Araújo e Denner Pamplona de Abreu são revisitados sob a ótica dos 29 artistas e trazendo aspectos de suas próprias vidas e meios onde estão inseridos.
“Do tropicalismo aos dias atuais, a moda brasileira sempre foi um mosaico de diversidade e riqueza. A exposição ’60 Anos de Moda Brasileira’ celebra essa rica história, mostrando como a moda se transformou ao longo do tempo, mas sempre mantendo suas raízes e sua identidade única. Através de um olhar contemporâneo sobre o passado, a mostra revela a força e a vitalidade da moda brasileira, capaz de inspirar gerações. Através de peças únicas, criadas por egressos do projeto cultural ‘Ponto da Moda’, o público poderá apreciar a moda como uma verdadeira forma de arte, capaz de contar histórias e provocar emoções. No Museu A CASA do Objeto Brasileiro, a moda encontra um espaço privilegiado para celebrar a nossa brasilidade e a riqueza do nosso patrimônio cultural.” comenta Nina Florsz, co-curadora da exposição.
Ao trazer à tona a história e a evolução da moda brasileira, “60 Anos de Moda Brasileira” visa democratizar o acesso a essa forma de arte, tornando-a acessível a todos os públicos. Através da exposição de peças temáticas de artesãos brasileiros, o projeto oferece uma experiência educativa e enriquecedora, permitindo que os visitantes revisitem o passado, compreendam o presente e vislumbrem o futuro da moda no Brasil. A exposição também conta com o espaço “DESCOBERTAS” que permitirá que crianças de 3 a 10 anos explorem e criem suas próprias criações a partir de peças modulares e sistemas de encaixe.
“Ao realizar uma exposição de 60 dias, o projeto proporciona uma oportunidade única para o público mergulhar na história e na evolução da moda brasileira, promovendo o diálogo e a reflexão sobre a importância da moda como uma forma de expressão cultural e artística. Ao final da exposição, o catálogo produzido garantirá que o legado desses artesãos seja preservado e compartilhado com as gerações futuras, garantindo que a contribuição da moda brasileira para o cenário global seja reconhecida e celebrada”, comenta Márcia Gliosci – Presidente do Instituto São Paulo de Arte e Cultura.
A exposição “60 Anos da Moda Brasileira” iniciou no dia 14/9 e vai até dia 10/11, de quinta a domingo para o público geral, no Museu A CASA do Objeto Brasileiro, e integra o projeto “Núcleo de Moda e Design”, realizado pelo Instituto São Paulo de Arte e Cultura em parceria com a Secretaria da Cultura, Economia Criativa e Indústrias Criativas do Estado de São Paulo. A curadoria da exposição está a cargo da Professora Walquiria Caversan e co-curadoria da estilista Nina Florsz , que desempenham um papel fundamental na seleção dos artesãos e na organização do evento.
Obs.: Para documentar e perpetuar o projeto, será produzido um catálogo abrangente que apresentará detalhes da exposição e dos artesãos participantes, com registros fotográficos do processo de criação e fotografias das obras finalizadas.
Sobre o Museu A Casa do Objeto Brasileiro
O Museu A CASA do Objeto Brasileiro é um espaço de referência do saber artesanal, criado para proteger, difundir e valorizar suas tradições e técnicas, e que busca atualizá-las no contexto da contemporaneidade, fazendo um constante diálogo entre o passado, presente e futuro desses saberes.
A partir de exposições, projetos, programação cultural, conexões e parcerias culturais e institucionais, o Museu A CASA se posiciona no centro de um ecossistema que pensa, reflete e fomenta a produção artesanal.
Ao longo de sua trajetória, que começou em 1997 pelas mãos da economista Renata Mellão, A CASA evidencia a importância do saber feito à mão para a cultura brasileira, criando pontes entre pessoas, abrindo espaços de troca de experiências e aprendizagem mútua, e explorando todas as capacidades de conexão e tradução entre os diferentes mundos desse universo.
O foco principal do trabalho desenvolvido pelo Museu A CASA do Objeto Brasileiro está, justamente, na manutenção do saber artesanal com um viés de impacto socioeconômico, onde contribuímos para que as comunidades artesãs espalhadas pelo país possam também se desenvolver de forma sustentável e autônoma, além do incentivo a produções ambientalmente responsáveis, que respeitam os ciclos na natureza e privilegiam a (re)utilização de materiais próprios a cada território. A CASA reconhece que esse conhecimento permeia todo o processo de criação manual, e essa filosofia orienta cada iniciativa da instituição.
Curadoria
Walquiria Caversan
Mestre em Criatividade e Inovação pela Universidade Fernando Pessoa em Porto/Portugal (2014). Possui Graduação em Desenho de Moda (1999) e Pós-Graduação em Moda e Criação (2005), ambas pela Faculdades Santa Marcelina. É docente no Bacharelado em Moda da Faculdade Santa Marcelina desde 2002 , atualmente leciona as disciplinas Processo de Criação, Pesquisa em Moda, Práticas em Criação, Figurino, Práticas de Criação, Estilismo, Práticas de Criação e Coleção. É membro integrante das bancas de avaliações e integra o NDE (Núcleo Docente Estruturante). Tem experiência no desenvolvimento de produto de moda, além de experiência na área de Artes, atuando principalmente nos seguintes temas: moda, corpo, tecnologia, superfície e criação. Desde de 2014 coordena os projetos sociais da FASM junto ao Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), Ponto da Moda, Instituto Focus Têxtil e Instituto C&A.
Nina Florsz
Graduada em Design de Moda e mestra em Desenvolvimento Regional, ambas pela Universidade Regional de Blumenau, iniciou sua carreira no universo da moda, atuando como estilista e produtora de moda. No entanto, a busca por um propósito mais significativo a impulsionou a expandir seus horizontes. Como docente, desenvolveu habilidades pedagógicas e um entendimento das dinâmicas de ensino-aprendizagem, utilizando sua experiência na moda para inspirar e capacitar novos talentos. A docência e coordenação do projeto cultural ‘Ponto da Moda’ foi um marco em sua trajetória, onde pôde aliar sua paixão pela moda à geração de impacto social, promovendo a transformação de vidas e a inserção de jovens no mercado de trabalho. Atualmente, como coordenadora pedagógica na Quest Consult, é responsável pelo planejamento, gestão e monitoramento de projetos culturais, realizados por meio das leis de incentivos fiscais. Sua carreia também inclui a atuação como consultora de gestão e planejamento com ênfase em moda sustentável, capacitando pequenas marcas para o mercado do Slow Fashion e participação voluntária em iniciativas que visam promover a inclusão social e a geração de renda para mulheres em situação de vulnerabilidade.
Sobre os artistas
ÉRICO VALENÇA
Neto de costureira e filho de um sociólogo e uma professora de linguagens, Érico Valença sempre teve uma mente imaginativa, despertada por seu interesse em computação gráfica, desenho e astronomia. Com uma formação acadêmica diversificada, que inclui programação, design gráfico, design de produto, design de moda, ilustração e fotografia, Érico aprendeu de forma autodidata a manipular softwares 3D e inteligência artificial, sempre visando desenvolver seus projetos de moda para concretizá-los no mundo físico. À frente de sua marca, ‘a neoutopia’, Érico instituiu um desenvolvimento de produto predominantemente digital. O estudo de formas, modelagem plana e moulage são realizados com software 3D e inteligência artificial, enquanto a impressão 3D é utilizada para criar acessórios, aplicações e acabamentos. Esse processo contribui para uma produção mais sustentável e justa, com menos desperdício, produção sob demanda e sem a necessidade de testes físicos e descarte na pilotagem. As matérias-primas são majoritariamente orgânicas, recicladas ou resgatadas do descarte industrial.
TAMIRES CORREA
Tamires Correa desde cedo demonstrou talento criativo. Em 2022, teve a oportunidade de participar do projeto Ponto da Moda, onde lançou sua primeira coleção intitulada “Aflora” e criou sua própria marca, Estigma. Atualmente, Tamires está participando da 6ª edição do projeto Cria Costura, que incentiva jovens em situação de vulnerabilidade social a alcançarem estabilidade financeira através da moda. Sob a orientação de Jefferson de Assis, ela foi convidada para expor seu trabalho na prestigiada São Paulo Fashion Week, apresentando uma pesquisa voltada para a memória pessoal. Suas peças refletem uma abordagem consciente e responsável da moda, utilizando sobras de materiais para o desenvolvimento das peças com o intuito de maximizar o aproveitamento dos tecidos e reduzir os resíduos têxteis. A trajetória de Tamires é marcada por sua capacidade de transformar desafios em oportunidades. Ela mostrou uma habilidade para integrar a sustentabilidade e a responsabilidade social em seu trabalho. Sua participação no Cria Costura é um testemunho de seu compromisso com a inclusão e o empoderamento de jovens talentos, com uma visão artística enraizada em suas experiências pessoais e no respeito pelo meio ambiente.
THAYNÁ FERRARESI
Thayná Ferraresi, 28 anos, nasceu e cresceu no extremo leste de São Paulo, no bairro periférico de Cidade Kemel. Desde a infância, inspirada pelas histórias de sua bisavó, uma modelista e costureira de vestidos de noiva e batinas, desenvolveu um profundo interesse pelo universo da moda. Formada em pedagogia, dedicou parte de sua carreira à educação, mas paralelamente estudou no Ponto da Moda SP, até ingressar no Bacharelado em Moda da Faculdade Santa Marcelina. Durante seus estudos e experiência no campo da moda, Thayna enfrentou inúmeros desafios que só reforçaram sua determinação e paixão pela área. O desejo de inovar e contribuir para a sustentabilidade se manifestou em seu trabalho, onde ela começou a explorar o potencial dos materiais recicláveis. Suas criações passaram a refletir não apenas sua habilidade técnica, mas também uma profunda consciência ambiental e social, transformando resíduos em peças únicas e significativas.
NICOLY MOREIRA
Nicoly Moreira de 19 anos, nasceu e cresceu em Diadema, São Paulo. Desde pequena, foi encantada pelas histórias que sua avó contava, sobre bailes e festas que frequentava na década de 60, e pelas roupas elegantes que usava nessas ocasiões. Ao ver as fotos antigas e ouvir as músicas que sua avó adorava, nasceu seu amor profundo pela moda. Além disso, o fato de sua avó ser costureira só intensificou essa paixão, tornando a moda uma parte essencial de sua vida. Decidiu seguir esse caminho, estudando no Ponto da Moda, onde pôde explorar seu fascínio pela moda e durante as aulas desenvolveu suas habilidades na costura e no desenho de croquis. Atualmente, está se dedicando a aperfeiçoar os conhecimentos na área têxtil, sempre buscando evoluir e aprimorar sua criatividade. Enquanto estuda e melhora suas técnicas, conserva sua paixão pela moda vintage, trazendo essas influências para o presente em suas criações. Atualmente, trabalha na área de marketing digital, como Social Media onde almeja integrar cada vez mais a moda em sua profissão, produzindo conteúdo para influenciar e conectar pessoas que também amam a moda.
VANESSA LIMA
Vanessa Lima é a filha mais velha de uma família de três irmãos. Com um espírito dinâmico e um forte senso de responsabilidade, sempre se destacou por seu compromisso e dedicação. Além de ser uma líder natural dentro da família, ela busca constantemente por crescimento e desenvolvimento em suas áreas de interesse. Desde jovem, teve um contato especial com a arte do crochê, inspirado pela mãe que começou a aprender a técnica. Ao se tornar mãe, sentiu a necessidade de se reinventar e encontrou no macramê uma nova paixão. Percebeu que poderia combinar o macramê e o crochê para desenvolver peças únicas. Recentemente, ao ingressar no curso de moda, ampliou seus interesses para a criação de peças bem elaboradas com acabamentos diferenciados que reflitam sua identidade.
MANÔ CLEMENTE
Manoela Clemente, nascida em Ribeirão Pires, Grande ABC, no pulsar do ano de 2001, desde tenra idade revelou um fascínio pelo encanto dos figurinos e fantasias, germinando ali sua paixão ardente pelo vestir. Em 2022, encontrou no projeto social Ponto da Moda o solo fértil para gestar sua primeira coleção: SANKTA INO. Atualmente na Faculdade Santa Marcelina, ela já desdobrou em trabalhos expressivos os desígnios de seu imaginário. A poesia de suas criações entrelaça temas de memória, feminilidade e o lúdico. Em sua mais recente obra, teceu uma narrativa que entrelaça nossas memórias aos dentes de leite que perdemos ao crescer, ecoando a efemeridade da infância e a constante ânsia de revisitá-la. A sensibilidade permeia o desenvolvimento conceitual, transfigurando-se nas escolhas minuciosas dos materiais que compõem cada obra, onde a designer celebra os detalhes e as histórias vivas que cada elemento conta.
MARIANA VIEIRA
Formada em Modelagem do Vestuário pela ETEC e cursando Moda na Faculdade Santa Marcelina, atua há dois anos na equipe de estilo na marca Mnisis, que integra o line-up da São Paulo Fashion Week (SPFW). Como stylist e produtora, possui trabalhos divulgados pelas revistas Glamour e L’Officiel. Junto à marca Mnisis, desenvolveu looks sob medida para artistas renomadas como Liniker, Luísa Sonza e Gigi Grigio. Sua pesquisa está focada na importância e relevância do toque na obra de arte, estabelecendo uma analogia com o movimento neoconcretista, emergente no Brasil na década de 1950. A pesquisa mergulha na análise das obras de Hélio Oiticica e Lygia Clark, ícones do movimento artístico, promovendo uma abordagem mais subjetiva e pessoal à criação artística, desafiando as fronteiras entre a arte e o espectador, com uma visão voltada para a moda. Através de uma metodologia que valoriza o toque e a criação com as mãos, a moda e a roupa são vistas como veículos de expressão pessoal e político. A moda deve ser um meio de inclusão, sustentabilidade e conexão emocional.
CAMILE CHRISPIM
Camile Chrispim, nascida em 2003 em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, demonstrou desde cedo um profundo interesse pela arte, dedicando grande parte de seu tempo livre ao desenho e à pintura. Em 2022, iniciou sua jornada acadêmica em Moda na Faculdade Santa Marcelina, onde encontrou um ambiente propício para explorar sua criatividade, desenvolvendo trabalhos que exploram sentimentos, simbolismos e a beleza da natureza. No seu processo criativo, Chrispim valoriza a potência das cores, detalhes e texturas, combinando pintura com aplicações em bordados utilizando materiais diversos. A natureza figura como sua principal fonte de inspiração, refletindo-se em suas criações que celebram a harmonia e a estética natural. Alinhada aos temas explorados em seus trabalhos, a designer destaca-se pelo forte uso do design de superfície, dominando técnicas como pintura manual, bordado, aplicações e outras formas de enriquecer suas peças com detalhes artesanais meticulosos.
AMANDA MENEZES
Amanda Menezes, de 25 anos, nasceu em Diadema e desde a infância cultivou um profundo apreço pela arte, expressando-se através da dança e do desenho. Influenciada por sua mãe, uma costureira que aprendeu com sua avó, Amanda desenvolveu um amor pelas técnicas manuais, incluindo o crochê, que também foi transmitido geracionalmente. Na vida adulta, ela mergulhou no mundo da moda, iniciando um curso na área e apaixonando-se pela costura criativa, bordado, pintura em tecido e artesanato. Especializada em upcycling, Amanda transforma peças descartadas, com foco no jeans, em novas criações. Suas influências incluem a moda de rua japonesa, o rococó, animes, filmes, Vivienne Westwood e a cultura pop. No futuro, Amanda pretende aprofundar seus conhecimentos em costura, almejando transformar sua habilidade em uma profissão e crescer na área.
ALESSANDRA VIEIRA
Alessandra, 26 anos, é uma mulher apaixonada pela moda, que encontrou nas artes manuais uma forma única de expressão. Ainda criança, aprendeu a tricotar com sua avó paterna e, desde então, transformar fios em peças exclusivas se tornou uma maneira de conectar suas memórias de infância e às tradições familiares. Durante a pandemia, essa prática se intensificou, oferecendo um refúgio criativo e reconfortante em tempos de incerteza. Na sua perspectiva, a moda vai além de tendências; é um meio de traduzir sua personalidade e história em cada criação. Vive com intensidade e curiosidade, sempre explorando novas formas de aprender e crescer através do artesanato, onde cada peça é uma obra de arte que combina o passado e o presente.
SIDINEI MIRANDA
Sidinei Miranda é fotógrafo de moda, residente em Jandira, SP. Formado em Moda pelo Ponto da Moda SP e Processos Fotográficos pelo ETEC de Carapicuíba, atualmente se dedica ao bacharelado de Artes Visuais na Faculdade Santa Marcelina. Tem se destacado no cenário artístico com seus projetos de criação de imagens, direção e produção de editoriais. Ele desempenha a parte imagética e conceitual de álbuns e LPs de cantores da zona oeste de São Paulo, demonstrando uma habilidade única para capturar e comunicar visões artísticas distintas. Sua trajetória inclui a atuação como professor de fotografia no Instituto Via Cultural, onde compartilhou seu conhecimento no Sesc 24 de Maio (2024), USE SP (2023) e Sesc Belenzinho (2022). Em 2023, foi convidado por Mauricio Adinolfi para ser curador adjunto da exposição ‘Caminhos-Labirinto’ e expôs seu trabalho na Petite Galerie Experimentalé, consolidando seu nome no circuito de exposições. Além disso, Sidinei também dirige videoclipes e ministra workshops de direção de modelos, produção criativa e fotografia, onde mostra como é possível construir imagens com muito significado e pouco recurso.
WESLEY GUEDES
Formado em Ciências Náuticas pela Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante em 2003, o profissional iniciou uma sólida carreira no segmento brasileiro de óleo e gás, trabalhando embarcado em diversas funções. Em 2010, participou na construção de um navio sonda na Coreia do Sul, pilotou o navio de volta ao Brasil para apresentação e testes para a Petrobras. Em 2013, teve seu licenciamento como capitão de embarcações e, em 2015, assumiu o comando de um dos navios da frota, posição que ocupou até encerrar sua carreira marítima em 2018. A transição para uma nova área de atuação começou em 2016, quando se tornou sócio da Lolja – Atelier do Sicko Ltda, atuando na expansão das marcas do grupo. Em 2021, deu um passo decisivo ao ingressar no curso de Moda da Faculdade Santa Marcelina. Durante os estudos, lançou a marca Fábrica 80 demonstrando notável habilidade em criação de coleções, styling, direção, produção e gerenciamento de uma marca de moda. Atualmente, além de continuar seus estudos ele cria e dirige coleções, desenvolvendo ainda mais suas habilidades técnicas nas áreas de criação, produção e gestão de marcas. Sua trajetória multifacetada exemplifica a ênfase na precisão e na disciplina refletindo uma capacidade única de adaptação e reinvenção.
RATZ (DANI DANIEL)
Dystopic visa exaltar as vivências de corpos marginalizados e periféricos, celebrando sua subversividade e desafiando a visão linear do sistema em que estamos inseridos. Através de uma narrativa anti-fashion, explora corpos pós-humanos para instigar o questionamento sobre o ódio unidirecional em nossa sociedade, transformando-o em afeto e acolhimento. Despertar uma rede de acolhimento trans, promovendo um sentimento de pertencimento. Utiliza em suas peças uma armadura simbólica contra o ódio, desafiando os padrões tradicionais de beleza ao explorar o surrealismo como referencial estético. Dystopic nasceu da transformação do nada em tudo, utilizando materiais recolhidos do lixo, descartados irregularmente por ideais consumistas que impactam o meio ambiente. Inspirado pela vida na metrópole de São Paulo, busca perspectivas na moda, explorando elementos urbanos como o pixo para desafiar a cisnormatividade e celebrar a trans- humanidade. Reflete os fragmentos de espelhos quebrados de uma cidade imersa no caos distópico, permitindo-nos ser e sentir, e mantendo a estética core de Dystopic.
PEDRO STORARO
Pedro Storaro é natural da capital de São Paulo. Cresceu em um ambiente voltado para a arte e a diversão, onde sua curiosidade infantil o transformou em um entusiasta do funcionamento das coisas. Influenciado por um pai criativo com hobbies variados, Pedro desenvolveu um vasto repertório artístico. Após anos de teatro, descobriu uma afinidade especial com a moda e o figurino. Na Faculdade Santa Marcelina, aprofundou seus conhecimentos nesse novo e fascinante universo. Com interesse nas áreas de criação, desenvolvimento de produto, estamparia e figurino, Pedro está constantemente em busca de novos conhecimentos e desafios para aprimorar suas habilidades e ampliar sua visão de mundo. Em 2023, trabalhou na empresa Alexandre Pavão no desenvolvimento de coleções. Hoje trabalha como designer de estamparia na Farm Rio, contribuindo para o mercado da moda nacional e global. Seu trabalho envolve a criação de elementos, cores e a finalização de peças, com o objetivo de levar um pouco da cultura brasileira para os lares de todos. Seu objetivo é continuar a se desenvolver profissionalmente e se envolver em projetos que expressem sua paixão pela moda e pela arte.
ARAFA ARANTES
Arafa Arantes, de 22 anos, natural do interior de São Paulo e graduada pela Faculdade Santa Marcelina, iniciou sua jornada profissional como assistente de Mateus Cardoso, onde encontrou sua paixão pela alfaiataria. Esse fascínio inicial a impulsionou a aprofundar seus conhecimentos através de diversos cursos especializados. Ao longo de sua formação, Arafa atuou como stylist, assinando desfiles de Guilherme Dutra. Atualmente, desempenha o papel de assistente de styling de Leandro Porto. A pesquisa de Arafa está intrinsecamente ligada à filosofia e à psicanálise do pertencimento e do não-pertencimento por meio da indumentária. Com o propósito constante de enaltecer e adornar com preciosismo a existência de corpos travestis, foi criado o conceito da Alfaiataria Travesti. Este projeto investiga as interseções entre o poder transformador da roupa como mecanismo de sobrevivência e sua função como armadura social, buscando nas manualidades do interior paulista formas de aprimorar suas profundas congruências e significados.
RUBENZ CARVALHO
Desde a infância, o interesse pela arte foi profundamente influenciado pelas horas dedicadas que sua mãe passava bordando até altas horas da madrugada, deixando miçangas, vidrilhos, agulhas e linhas espalhadas por toda a casa. Essa visão meticulosa e artesanal deixou uma marca permanente, despertando a vontade de explorar a arte de maneira acessível e tangível. A moda se revelou o meio ideal para realizar esse desejo, oferecendo um campo vasto para expressão criativa e técnica. Ao longo dos anos, percebeu-se que a trajetória pessoal e profissional estava naturalmente alinhada com essa paixão. A dedicação aos trabalhos de construção em alfaiataria e aos saberes manuais, como o bordado, tornou-se central na busca por criar objetos-arte que transcendem a simples funcionalidade, revestindo o corpo com peças que contam histórias e carregam significados profundos. Atualmente, o foco está na pesquisa contínua e na evolução dessas técnicas, explorando novas possibilidades de combinação entre materiais tradicionais e contemporâneos.
WILL
Will é um artista de moda, nascido e criado na Zona Leste de São Paulo. Sempre se destacou por sua sensibilidade estética e preferência por paletas de cores. Determinado a viver de suas criações, Will se dedicou a estudar moda em instituições renomadas como Ponto da Moda, SENAI, ETEC, Focus Têxtil, Unibes, IED e SEBRAE, consolidando seu conhecimento e habilidades. Will preza pela autenticidade em suas ações, celebrando a individualidade. Atuou em eventos de destaque como o SPFW, Casa de Criadores e Brazil Immersive Fashion Week, onde adquiriu valiosas experiências e oportunidades. Atualmente, idealiza a criação de seu próprio ateliê, enfrentando os desafios de uma indústria da moda ainda marcada pelo elitismo e pela falta de representatividade de negros e periféricos. Atualmente, na Faculdade Santa Marcelina desenvolve seu trabalho a partir da fusão de técnicas de upcycling, associadas a referências culturais e vivências pessoais. Utilizando roupas, retalhos e tecidos descartados, Will ilustra suas próprias estampas, tinge tecidos e projeta aviamentos em impressão 3D. Sua abordagem sustentável e criativa reflete um profundo compromisso com a inovação e a responsabilidade social.
GUILHERME VALENTE
Guilherme Valente, 23 anos, destaca-se como um dos novos talentos emergentes da moda nacional. Natural de São Paulo, Guilherme traçou uma trajetória notável no mundo da moda. Formado em 2022 pela Faculdade Santa Marcelina, ele iniciou sua carreira logo após a apresentação de seu projeto final de graduação. Este projeto, uma obra audaciosa e íntima, ganhou reconhecimento de grandes veículos de mídia, como a revista Harper’s Bazaar, que apresentou suas peças vestindo a atriz e cantora Lucy Alves. Desta forma, originou-se a marca Guilherme Valente, que, com visibilidade, passou a vestir diversas celebridades. Em 2023, Guilherme apresentou sua primeira coleção na Casa de Criadores, com um desfile em homenagem à sua mãe e avó, com temática divertida e nostálgica, referenciando o universo do bingo. Posteriormente, Guilherme realizou um curso de figurino na NABA – Nova Academia de Belas Artes – em Roma. Em 2024, ele colaborou com a Swarovski no Baile da Vogue, vestindo a cantora Majur e a influenciadora Maitê Faitarone com looks bordados em cristais. Guilherme também desenvolveu parcerias de longo prazo com diversas marcas, como Singer, G.Vallone e Vicunha. Atualmente, a marca continua se destacando na Casa de Criadores e criando looks sob medida para artistas e revistas.
DIOGO GIOVANNE
Diogo Giovanne, nascido e criado em Diadema, sempre viu o mundo em outra perspectiva, buscando achar o silêncio no barulho do cotidiano. Adentrou no mundo da moda com incentivo de pessoas próximas, iniciando sua jornada no projeto social ‘Ponto da Moda’ de Diadema. O primeiro look autoral foi concebido e confeccionado na etapa final deste curso, transformando seu olhar, anseios e trazendo perspectivas para trabalhar na área da moda. No ano seguinte vieram novos desafios, motivando o aprofundamento nas habilidades e técnicas para consolidar sua carreira no mercado da moda. A busca por ampliar sua visão artística nas peças é constante, dedicando-se à produção e aprimorando cada vez mais sua experiência na costura de sonhos. Todo o seu tempo é dedicado a sofisticar e dar sentido e identidade a cada peça.
FRNCO VCNT
Desde a infância, Samuel Franco sempre esteve imerso no universo da moda, mesmo quando sua trajetória inicial o levou à gastronomia. Este período enriqueceu sua bagagem criativa, transformando a comida em arte, expressão e ativismo. Ao retomar seu verdadeiro desejo pela moda, Samuel começou com uma máquina Singer caseira e logo integrou o Ponto da Moda, um projeto social que lhe proporcionou a oportunidade de aprofundar suas habilidades e explorar seu potencial criativo. Como estilista e designer, Samuel se destaca por projetos que abusam de cores vibrantes, utilizam materiais de reuso e maquetes têxteis, sempre valorizando cultura, vivências, conceito, carisma e identidade. Sua pesquisa incorpora uma abordagem sustentável, trabalhando a costura criativa e o upcycling com materiais não têxteis, como plásticos, metal e redes de construção civil. Samuel adota um estilo kitsch, exagerado, brega e irreverente, com uma cartela de cores quentes e provocativa. Ele transforma elementos sem requinte e aparentemente inúteis em criações expressivas, desenvolvendo silhuetas inspiradas pela observação da arquitetura, recortes, texturas e sobreposições.
STHEFANIE BAZUZA
Nascida em São Paulo, filha de pais nordestinos, sua trajetória é marcada pela dedicação e paixão pela moda desde cedo. Crescendo na zona leste da cidade, especificamente na região da Aricanduva, ela começou sua jornada na moda aos 17 anos. Com uma sólida formação técnica, concluiu cursos de modelagem do vestuário pela Etec e de alfaiataria pela Dom Bosco. Atualmente, está em processo de formação na Faculdade Santa Marcelina, onde se dedica a uma pesquisa que investiga as dificuldades de deslocamento urbano, com um olhar especial para o público feminino. Sua pesquisa é abrangente, incorporando referências históricas sobre a urbanização de São Paulo e explorando como essas transformações afetam os desafios de mobilidade urbana. A investigação não se limita apenas ao contexto histórico, mas também analisa a relação das roupas e acessórios com as atividades diárias de deslocamento. Com um enfoque criativo e funcional, desenvolve peças com modelagens híbridas e multifuncionais: algumas que se assemelham a uma bolsa, outras que se transformam em mochilas, e outras ainda, com múltiplos compartimentos. A ideia é oferecer soluções práticas que permitam às usuárias saírem de casa com pouca bagagem, proporcionando maior liberdade de movimento.
GRAZIELE GOMES DOS SANTOS
Desde jovem, Grazi sempre foi fascinada pelo mundo da moda, e essa paixão só cresceu com o tempo. Sua jornada na moda começou com a exploração das tendências e a experimentação de estilos, e agora ela está mergulhando profundamente no universo da criação de roupas. Embora seja uma iniciante, já demonstra um olhar aguçado para detalhes e uma abordagem inovadora em seus projetos. Seus sonhos são marcados por uma mistura única de cores vibrantes, texturas interessantes e um compromisso com a sustentabilidade. Adota uma estética que combina modernidade com nostalgia em suas criações, aproveitando materiais de reuso e técnicas criativas para transformar conceitos em criações expressivas. Cada peça é uma celebração da individualidade e da cultura, refletindo sua visão de que a moda deve ser uma forma de expressão pessoal e artística. Com um estilo que desafia o convencional e uma paixão por reinventar o tradicional, Grazi continua a explorar novas formas de se conectar com o mundo através da moda, sempre em busca de criar algo verdadeiramente único e significativo.
JULIANA MOREIRA DO PRADO
Juliana nasceu na véspera de Natal de 2005 e foi adotada por seu primo e a esposa, que se tornaram seus pais. Cresceu no bairro periférico de Vila Clara e, desde cedo, mostrou interesse por moda. Aos 8 anos, começou a criar roupas para suas bonecas. Na pré-adolescência, as limitações financeiras de sua família não permitiam a compra de roupas “da moda”. Aos 11 anos, ela começou a customizar suas próprias roupas, intensificando ainda mais seu interesse pelo mundo da moda e pela construção de sua identidade. Com o tempo, aprimorou suas habilidades em customização e pintura manual. Acreditando em seu potencial, lançou sua própria marca de roupas, “Prado”, no qual todas as peças são personalizadas e feitas à mão por ela. Para expandir seus conhecimentos, ingressou no curso de moda no Núcleo de Diadema, onde aprendeu modelagem, costura, criação de croquis e moodboards. Atualmente, Juliana trabalha no brechó Daz Roupaz, onde desenvolve suas habilidades em vendas, negociações, conhecimento de peças e tecidos. Apaixonada pelo estilo streetwear, a jovem sonhadora está sempre buscando aprimorar seus conhecimentos sobre a essência urbana e cultural das comunidades ao redor do mundo. Ela se dedica a criar combinações únicas de tecidos, cortes, pinturas manuais e tipos de costura, com um foco especial na moda sustentável.
VISÉN
Visén é um designer que concebe suas criações como verdadeiras obras de arte, inspiradas pelo espírito de denúncia das tipografias urbanas de São Paulo e engajadas no diálogo sobre sustentabilidade. Com uma paixão pelo design experimental, ele explora novas fronteiras criativas utilizando ferramentas tecnológicas e materiais inovadores em suas coleções. Em sua estreia no BRIFW em 2022, Visén provocou discussões profundas sobre os abismos sociais e o racismo ambiental presentes na sociedade contemporânea. Sua pesquisa abrange formas naturais e arquitetônicas, incorporando a pixação como um elemento de denúncia em suas peças prêt-à-porter, que possuem um toque distinto de streetwear atípico. No ano seguinte, ao integrar o line-up da Casa de Criadores, Visén apresentou um projeto que visa estabelecer diálogos sobre o espírito do tempo. Ele enfatiza o papel transformador da moda na reeducação comportamental para as próximas temporadas, traduzindo os processos de suas residências criativas diretamente para suas roupas, carregando consigo o mistério dos terreiros e a abstrusidade das simbologias experimentais.
RAFAEL HERNANDES
Desde a infância, a paixão pelo mundo da moda sempre foi evidente, iniciando com desenhos aos cinco anos e evoluindo para o aprendizado de costura e modelagem aos quinze. Na Faculdade Santa Marcelina, dedicou-se intensamente às disciplinas de desenho e modelagem, com ênfase em alfaiataria e costura. Em sua trajetória, teve o privilégio de colaborar com figuras de destaque como Mateus Cardoso e Ana Clara Watanabe, além de desenvolver projetos próprios que refletem sua visão artística única e o impulsionaram a lançar sua própria marca. Sua vivência entre a favela do Quiriri e a Aldeia Jesuíta de Carapicuíba inspirou uma linha de pesquisa inovadora que explora a dualidade entre o sagrado e o profano. Integrando- se ao grupo Rendeiras da Aldeia, que preserva e ensina a arte da renda renascença, ele elevou essa técnica tradicional a um novo patamar. Ressignificando o material através do streetwear masculino do funk, ele consegue fundir a manualidade artesanal com a alfaiataria experimental, criando uma estética que é ao mesmo tempo contemporânea e profundamente enraizada em suas origens culturais.
GABRIEL DA SILVA
Da Silva, de 27 anos, nasceu e cresceu na Cohab, na Zona Norte de São Paulo. Formado em Moda pela Faculdade Santa Marcelina em 2019, ingressou na instituição como aluno bolsista pelo PROUNI. Sua trajetória profissional no mercado da moda teve início entre 2018 e 2019, atuando como assistente de estilo. Além disso, trabalhou como freelancer em diversas áreas, destacando-se como stylist e assistente de stylist, colaborando com marcas renomadas como White Horse, Puma e Meta. Atualmente, Da Silva está desenvolvendo sua própria marca e já realizou colaborações importantes, incluindo projetos com Vista Magalu em 2022 e Pernambucanas em 2023. Ele acredita que a moda deve ser pautada pela sustentabilidade e pela coletividade. Para Da Silva, a verdadeira mudança na moda está na horizontalidade promovendo a colaboração e a inclusão de todos os envolvidos no processo criativo. Acredita que a costureira tem muito mais a ensinar do que a aprender, reforçando a importância do trabalho em conjunto e da valorização de cada profissional na cadeia produtiva da moda.
RAY ELIVELTON DE SOUZA
É um artista visual, arte-educador e entusiasta da moda Streetwear Oversized com base em Diadema, São Paulo. Ray mistura técnicas tradicionais com elementos contemporâneos, tanto na moda quanto na sua produção artística em ateliê. Ávido seguidor das tendências de moda e do Street Style de Nova York a São Paulo, fazendo uma ligação conceitual-histórica e artística entre as duas cidades, dialogando com ambas em seu trabalho. Atualmente, trabalha como professor de Artes no E. E. P. E. I. Fábio Eduardo Ramos Esquível, uma escola pública em sua cidade, trabalhando a unicidade e individualidade de cada aluno, para que se sintam protagonistas de sua própria história e expressão artística. Além disso, trabalha como Assistente de Estilo no Ateliê do estilista Bruno Bacck, produzindo roupas de show para artistas como Lexa. No coração de sua obra e atuação está a crença de que arte e moda são linguagens poderosas, dialogando com a irrepetibilidade de cada ser, onde somos únicos e característicos.
JOTA
José Henrique Albuquerque (JotaØ) nasceu no início dos anos 2000 e desde cedo demonstrou uma profunda paixão pela arte. Seus interesses variados abrangem a admiração pela arquitetura, a apreciação de melodias musicais e a exploração de peças de roupas que vão do streetwear ao drama. Além disso, se destaca como artista, realizando shows que misturam suas habilidades musicais com sua paixão pela performance ao vivo. Ele também é um entusiasta da dança, expressando-se através do movimento e explorando diferentes estilos como forma de arte e autoexpressão. Encontra inspiração na observação dos estilos variados de outras pessoas, sempre atento às tendências e à forma como a moda e a música se entrelaçam no cotidiano. Inspirado por artistas como David Bowie e Kanye West, JotaØ busca unir suas duas grandes paixões – música e moda -de maneira única e excêntrica. Na moda, ele se inspira em estilistas como Giambattista Valli, conhecido por suas criações dramáticas e detalhadas, e Virgil Abloh, que trouxe uma nova perspectiva ao streetwear com sua marca Off-White, misturando alta moda com elementos urbanos. Aspira por criar uma fusão inovadora que combine essas formas de arte, trazendo uma nova perspectiva para ambos os campos e ampliando as fronteiras da criatividade.
Relógio Cronológico (60′ a 10′) – por CHESLLER MOREIRA
Chesller Moreira, nascido em Campinas, SP, em 1982, é uma figura multifacetada no mundo da moda e das artes. Desde tenra idade, seu interesse pela expressão criativa foi evidente, absorvendo as cores vibrantes e a rica cultura local durante sua infância e adolescência em Boa Esperança/MG. Com um talento inato para a moda e o design, Chesller embarcou em uma jornada de autodescoberta que o levou a explorar várias formas de expressão artística. Sua paixão o levou a estudar design de moda e artes visuais, destacando-se como estilista e criador de tendências. Além disso, encontrou uma paixão pela arte da drag queen, criando a deslumbrante persona Lohren Beauty, tornando-se uma figura pública na comunidade LGBTQ+ no Brasil. Paralelamente à sua carreira na moda e como drag queen, dedicou-se ao ensino de moda e artes, inspirando uma nova geração de talentos a explorar novas fronteiras e desafiar convenções. Com sua energia vibrante, talento inesgotável e compromisso com a autenticidade, Chesller Moreira continua a deixar sua marca indelével no mundo da moda, das artes e da comunidade LGBTQ+, inspirando outros a abraçar sua individualidade e seguir seus sonhos com paixão e determinação.
60′ – INSPIRAÇÃO: DENNER PAMPLONA DE ABREU
Natural de Belém do Pará, Denner revolucionou a alta costura nacional com sua combinação única de glamour clássico e ousadia contemporânea. Suas criações, sinônimo de luxo e exclusividade, exaltavam a feminilidade com materiais de alta qualidade e detalhamento artesanal impecável. Vestindo a alta sociedade e estrelas do cinema, Denner não apenas marcou a moda brasileira com sua visão inovadora, mas também abriu caminho para o reconhecimento internacional do talento nacional, deixando um legado duradouro que continua a inspirar estilistas até hoje. Nesta peça, o artista optou por uma silhueta mais elegante, porém com volume, e escolheu a cor azul por sua ampla utilização na década proposta, além de conferir ao look um toque mais clássico, como Denner costumava fazer.
70′ – INSPIRAÇÃO: ZUZU ANGEL
Nascida em Minas Gerais, Zuzu transformou o cenário da moda nacional ao incorporar elementos da cultura brasileira em suas criações, celebrando as cores, os tecidos e as tradições do país de maneira inovadora e autêntica. Conhecida por sua luta incansável por justiça e pelos direitos humanos, especialmente após a trágica perda de seu filho Stuart, Zuzu utilizou suas coleções como uma forma de protesto, levando a realidade política do Brasil para as passarelas internacionais. Suas peças, que combinavam sofisticação com uma profunda mensagem social, conquistaram um espaço especial no coração da moda global, deixando um legado de coragem, criatividade e resistência. Nesta peça, o artista resgatou as mangas bufantes que ela utilizava, sobre um tecido cru, e as estampas e bordados de sua famosa coleção em homenagem ao filho, mas com o rosto da estilista e gotas de sangue que remetem ao horror da ditadura.
80′ – INSPIRAÇÃO: CLODOVIL HERNANDES
Nascido em São Paulo, Clodovil destacou-se por seu talento e personalidade, conquistando um lugar de destaque na alta costura nacional. Com seu olhar aguçado para a elegância e o refinamento, ele criou peças que exalam sofisticação e luxo, vestindo desde celebridades até membros da alta sociedade. Além de suas criações deslumbrantes, Clodovil era conhecido por sua verve afiada e presença magnética, o que o transformou em um verdadeiro ícone midiático. Sua contribuição para a moda brasileira foi imensa, trazendo inovação e glamour às passarelas e televisão, e seu legado permanece vivo, continuando a influenciar o mundo da moda até os dias de hoje. Nesta peça, o artista escolheu um rosa neon, típico da década, e os laços que Clodovil adorava. Tudo com um mix de estampas que se encaixa perfeitamente na proposta.
90′ – INSPIRAÇÃO: RONALDO FRAGA
Nascido em Minas Gerais, Fraga conquistou o cenário da moda com seu estilo único, marcado por uma profunda valorização da cultura brasileira e uma abordagem criativa e ousada. Suas coleções, são verdadeiras obras de arte, contavam histórias e celebravam a identidade nacional através de estampas, cores e materiais que remetiam às nossas raízes e tradições. Ronaldo Fraga transformou as passarelas em palcos de reflexão cultural e social, trazendo temas como memória, sustentabilidade e diversidade à tona. Sua visão singular e seu compromisso com a autenticidade fizeram dele um ícone da moda brasileira, cujo legado continua a inspirar e desafiar convenções, solidificando seu lugar como um verdadeiro mestre da moda. Nesta peça, o artista utilizou uma foto do estilista como referência e buscou elementos tanto do look retratado quanto de uma tatuagem do próprio artista, como forma de sair um pouco do convencional.
00′ – INSPIRAÇÃO: CARLOS TUFVESSON
Carioca de nascimento, Tufvesson se destacou por suas criações sofisticadas e elegantes, que rapidamente conquistaram o cenário nacional e internacional. Conhecido por seu trabalho impecável com tecidos finos e cortes precisos, ele trouxe um toque de modernidade e glamour às passarelas, vestindo artistas e a alta sociedade com sua marca registrada de sensualidade refinada. Além de seu talento inquestionável na moda, Carlos Tufvesson é também um ativista incansável pelos direitos LGBT+, usando sua visibilidade e influência para promover a igualdade e combater o preconceito. Seu legado na moda é marcado por inovação, elegância e um compromisso inabalável com a justiça social, fazendo dele uma figura inspiradora e uma referência indispensável dos anos 2000. Nesta peça, o artista trouxe à tona o boom do upcycling, marca dos anos 2000, e a silhueta de noiva tradicional característica do estilista. Daí o look, com grandes retalhos brancos, de diferentes tecidos e texturas.
10′ – INSPIRAÇÃO: WALÉRIO ARAÚJO
Pernambucano de nascimento, Walério se destacou por suas criações audaciosas e exuberantes, que trouxeram uma nova energia e ousadia às passarelas nacionais. Conhecido por seu estilo irreverente e sua habilidade em misturar elementos de alta costura com a cultura pop e referências urbanas, ele conquistou um público diverso e fiel, sempre ávido por suas peças únicas e impactantes. Walério Araújo não apenas redefiniu a moda com sua criatividade sem limites, mas também celebrou a diversidade e a inclusão, abraçando todas as formas de beleza e expressão. Sua influência nos anos 2010 solidificou seu lugar como um dos grandes nomes da moda brasileira contemporânea, deixando um legado de inovação, liberdade e autenticidade. Nesta peça, o artista escolheu as cores do arco-íris como referência à liberdade e trouxe muito volume, em homenagem aos looks grandiosos que são sua marca.
SERVIÇO
Exposição “60 Anos da Moda Brasileira”
Temporada: 14/9 a 10/11 (quinta a domingo), das 10h às 18h
Local: Museu A CASA do Objeto Brasileiro
Endereço: Av. Pedroso de Morais, 1216 – Vila Madalena, São Paulo – SP, 05420-001
Ingressos: Entrada Gratuita.
Classificação: Livre.
Acesse o www.culturaamazonica.com.br e saiba mais sobre cultura!